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Compras de final de ano: não se deixe levar pela emoção

É chegado o momento das compras de fim de ano. O espírito natalino e a simbologia do Ano Novo comumente são esquecidos diante do consumismo desenfreado na compra dos presentes.
 
Nessa época, bombardeados pelos apelos de consumo, os consumidores hão de tomar essenciais cuidados. Só assim não se deixarão levar pelo turbilhão das compras realizadas por impulso. Afinal aí está o marketing, a todo o momento, a inculcar em nossas mentes que é pela aquisição de presentes que demonstramos o nosso amor e nosso afeto por aqueles que nos são caros.Muitas pessoas mesmo, tão atingidas são por essa estratégia de venda, que chegam a sentir-se profundamente frustrados e infelizes porque não puderam presentear como almejavam. Outras comprometem o seu orçamento a tal ponto que amargarão por longo tempo as conseqüências do endividamento. Daí porque é preciso muita tranqüilidade nessa hora.
 
Antes de mais nada, um consumidor consciente tem de estar atento à realidade que o cerca. Numa economia cada vez mais globalizada, alterações na conjuntura político-econômica, interna e externa, poderão vir a afetar o seu poder de compra. O que sinaliza para a necessidade de rever o seu estilo de vida, evitando gastos desnecessários e dívidas a longo prazo. Como então ser um consumidor prudente num momento em que normalmente se tem maior disponibilidade financeira com a chegada do décimo terceiro?
 
Se existirem dívidas em atraso, o dinheiro deverá ser empregado na sua quitação. É bom lembrar que o pagamento antecipado de uma dívida confere ao consumidor o abatimento proporcional dos juros e demais acréscimos, o que é assegurado pelo § 2º, do art. 52 do Código de Defesa do Consumidor. 
 
Caso não existam dívidas, é sempre indicado poupar pelo menos uma parte do décimo terceiro. Janeiro costuma ser um mês de orçamento apertado e muitas despesas. Além disso, nos primeiros meses do ano, por ser um período de retração de vendas, o comércio costuma dar descontos muito vantajosos, que serão aproveitados apenas por aqueles que puderam adiar suas compras.
 
Quanto aos presentes, a orientação mais importante é não se deixar seduzir por compras não planejadas. Evite comprar por precipitação e na última hora. Organize-se e reserve algum tempo para planejá-las.
 
Caneta e papel na mão, antes de sair de casa, calcule, em primeiro lugar, quanto vai poder gastar. Depois, faça uma relação das pessoas que pretende presentear, listando o que gostaria e poderia comprar para cada uma delas. Em seguida, estude as condições de compra, preferindo o pagamento à vista. Lembre-se de que vivemos numa economia de juros elevadíssimos, daí porque os financiamentos a longo prazo devem ser afastados, bem como a utilização do limite do cheque especial ou do crédito rotativo no cartão de crédito. Além disso, uma prévia pesquisa de preços o auxiliará em muito nessa tarefa.
 
Quando estiver preparado para comprar, não tenha vergonha de pedir desconto. Não se esqueça igualmente de exigir a nota fiscal e de informar-se sobre as condições da troca de presentes.
 
Por fim, tenha sempre em mente que nessa época do ano, a publicidade, o ambiente, a decoração das lojas, as estratégias de venda, as facilidades para comprar - tudo sinaliza para envolvê-lo emocionalmente, estimulando-o a comprar por impulso e gastar além do seu orçamento. Uma maior prudência nessa hora certamente lhe reservará um ano novo com mais paz e tranqüilidade, com mais folga no orçamento.

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